Artigo: 'Higienização das Mãos: Um Desafio à Administração da Infecção Hospitalar'

Especialista fala sobre a importância de profissionais de saúde lavarem as mãos antes de realizar procedimentos médicos.

*Por Fabio Santos Barbosa.

Imagens: Canva. Arte: Portal WTB News

Em pleno século XXI, mesmo com o surgimento de novas tecnologias e aumento do conhecimento clínico, vivencia-se o aumento acelerado e desenfreado de bactérias altamente resistentes e que provocam infecções capazes de levar o indivíduo a óbito.

As infecções são hoje um problema que abrange a maioria ou todas as instituições de saúde, as quais buscam medidas capazes de prevenir ou amenizar o número de pacientes acometidos por este mal. A assistência não deve estar baseada somente em rotinas, treinamento de equipe multidisciplinar, orientação para pacientes.

O desafio enfrentado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar com relação à monitoração dos Profissionais de Saúde na Higienização das Mãos. Os profissionais de saúde realizam os procedimentos de higienização das mãos com frequência? A higienização das mãos é a medida mais básica e eficaz na prevenção e redução das infecções hospitalares. Como as práticas gerenciais e de administração podem direcionar os profissionais de saúde às boas práticas assistenciais? Embora não haja dúvidas da eficácia da higienização das mãos, estudos reportam em todo o mundo uma baixa adesão dos profissionais de saúde a esta prática.

O ambiente hospitalar pode representar um dos fatores ocasionadores das infecções nosocomiais, devido à supervivência dos micro-organismos no recinto hospitalar que está relacionada à temperatura e à umidade do local. Tornando-se pré-dispostos a adquirir infecções hospitalares através da exposição aos micro-organismos, que podem ser causadas tanto por agentes infecciosos pré-existentes na flora endógena ou exógena, sendo que existe uma grande influência com a relação entre o cliente, os patógenos e o meio onde se encontram.

As infecções hospitalares tornam-se um grave problema para as instituições de saúde que não realizam o controle adequado, o que acarreta gastos desnecessários com medicamentos, controle, busca ativa e busca do foco de infecção dentro da instituição; o controle deve ser realizado para prevenir a incidência das infecções hospitalares, como também uma educação continuada aos funcionários conscientizando-os sobre a grande problemática das infecções (PRADE, 2004).

Cabe ao gestor do hospital constituir formalmente a CCIH, nomear seus componentes por meio de ato próprio, propiciar a infraestrutura necessária à correta operacionalização desta comissão, aprovar e fazer respeitar o seu regimento interno, garantir a participação do presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de política da instituição (como, por exemplo, os conselhos técnicos, independente da natureza da entidade mantenedora da instituição de saúde). Garantir e fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar (PRADE, 2004).

A redução de infecção hospitalar está ligada a diversos fatores, dentre eles, e o mais importante e barato, é a higienização das mãos, que apesar de não retirar completamente todos os micro-organismos, diminui fortemente esse número, favorecendo o não surgimento de infecção hospitalar; os profissionais que trabalham em serviços de saúde devem adotar em suas práticas diárias as recomendações básicas de higienização das mãos, o uso de luvas e que as ações educativas são importantes e necessárias para aumentar a adesão dos profissionais de saúde à rotineira e eficaz Higienização das Mãos.

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Fabio Santos Barbosa. Foto: Acervo Pessoal

*Fabio Santos Barbosa é jornalista e especialista em assuntos voltados para a área da saúde. Tem MBA em Gestão em Saúde e Administração Hospitalar, além de vários artigos sobre o segmento publicados em veículos importantes do setor. Possui um espaço para divulgação de textos de sua autoria. Visite: www.sususe.blogspot.com

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