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  • Foto do escritorRodrigo Trindade

CAFEZINHO LITERÁRIO: 'Quarto de Despejo', de Carolina Maria de Jesus, vai mudar tua visão de mundo

A dica de leitura do Portal WTB News desta vez é a obra literária "Quarto de despejo: diário de uma favelada". Trata-se de uma compilação de relatos de Carolina Maria de Jesus, simples mulher, com baixo grau de escolaridade e que na década de 1950 registrou, em vários cadernos, sua vida como uma moradora da extinta Favela do Canindé, cidade de São Paulo.


Tais anotações foram descobertas por acaso, através do jornalista Audálio Dantas, até então repórter de uma mídia local. Maravilhado com aquilo, sugeriu ao veículo coluna para publicação de alguns daqueles relatos. Foi a gota d'água para o sucesso de Carolina, que logo foi convidada por uma editora a publicar o livro, academicamente considerado um diário íntimo, sendo do gênero textual narrativo.


Audálio Dantas também foi responsável por editar a obra, que até hoje tem grande valia no Brasil e em outros países, visto que é publicada em 14 idiomas, sendo objeto de estudo, apreciação e aplausos em universidades brasileiras e, também, mundo afora.

Quem foi Carolina?

Carolina Maria de Jesus morreu em fevereiro de 1977 na capital paulista, bem longe de sua cidade Natal: Sacramento, MG. Era uma mulher negra, catadora de papéis e outros recicláveis. Assim vivia diariamente para poder sustentar a si e seus filhos. Nesse diário, conta detalhes sobre o que é morar em um local insalubre. Conta, também, o que é passar fome e, ainda assim, lutar para não perder a esperança.

Professores podem usar o livro para seminários em aula. Vestibulandos precisam estar atentos

Com uma fala bastante coloquial, porém poética e em muitas vezes irônica, "Quarto de despejo: diário de uma favelada" é apartidário e faz crítica à injustiça social, à corrupção e ao sistema político, excludente e elitista. O título é, obviamente, uma metáfora e só saberá quem ler. É tão atual que rende debates necessários, com reflexões que irão além da sala de aula. Pode e deveria ser usado para trabalhos escolares, como seminários nas disciplinas de literatura ou até mesmo em redação, conforme muitas instituições de ensino já fazem.


Quem é vestibulando tem essa leitura como obrigatória, visto que pode haver questões envolvendo tal autora nos certames como Enem, Uerj e outros. Em 2021, Carolina recebeu a homenagem póstuma de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Leia a obra e veja o documentário

Além da leitura da obra (que pode ser facilmente comprada em livro físico ou acessada via PDF online), o Portal WTB News recomenda o documentário feito pela emissora estatal TV Brasil, que resume a vida de Carolina e a eterniza. Clique aqui para assistir e se emocionar.



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