Apresentações devem começar às 22h30. Veja a ordem dos desfiles e os enredos.
O Carnaval 2019 do Rio de Janeiro pede passagem. Além dos blocos de rua e da programação diversificada, os foliões poderão curtir os desfiles das escolas de samba. Entre sexta-feira (1) e segunda (4), 27 agremiações cruzarão a Marquês de Sapucaí, palco da maior festa ao ar livre do mundo.
Há uma diversidade de temas, que vão de homenagens a personalidades, a lugares, e até mesmo súplicas e clamor da fé. Na Série A, serão 13 apresentações e as melhores disputarão a apenas uma vaga no Grupo Especial para ano que vem. Os desfiles têm previsão para começar às 22h30, tanto sexta-feira quanto sábado.
Confira as escolas que desfilam sexta e sábado, pela Série A, no Sambódromo do Rio:
Ordem dos desfiles
Sexta-feira, 1 de março
1ª – Unidos da Ponte (São João de Meriti, Baixada Fluminense)
Enredo: "Oferendas" (reedição de 1984)
Carnavalescos: Guilherme Diniz e Rodrigo Marques
Letra do samba:
(Compositor: Jorginho)
Malungo se liberta no Zambê
Esquece o Banzo
É hora de oferecer
Pra Exu e Pomba-Gira
Tem marafo e dendê
Muitas flores e pipocas
Para Obaluaê
A Oxumaré
Creme de arroz e milho
Pra Iansã, o acarajé
Pai Oxalá, nosso canto de fé
Tem amalá pra Xangô
Lá na pedreira (bis)
Tem caruru pros Erês
Tem brincadeiras
(E pra Oxossi…)
E pra Oxossi
Milho cozido no mel
Mãe Oxum, Omolocum
Pra nanã, sarapatel
Mel de abelhas pra Ogum
Rosas brancas, Yemanjá
Oferendas traz a Ponte
Em louvor aos orixás
Axé
O samba pisa forte no terreiro (bis)
É mistério, é magia
É mandingueiro
2ª – Alegria da Zona Sul (Copacabana, Rio)
Enredo: "Saravá, Umbanda!"
Carnavalesco: Marco Antônio Falleiros
Letra do Samba:
(Compositores: Beto Rocha / China / Elson Ramires / Fábio Xavier / Girão / Lopita 77 / Marcio André / Neyzinho Do Cavaco / Ribeirinho / Telmo Augusto)
Saravá, Alegria Saravá
Saravá meu povo
Saravá pai Oxalá
Peço licença a Deus pai e Maria
Todos os Santos e guias
Ao pisar no sagrado canzuá
Vejo o braseiro, iluminar o congá
Preto Véio chegou na roda
Vem de Aruanda, Pemba de Angola
Vovô falou da força das sete linhas
Também contou de mistérios e magias
Ê caboclo curandeiro, Ê caboclo
Laroyê rei da madrugada
Prepara o abô
Marabô, na encruzilhada
Roda cigana, moça formosa
É tão bonita que parece uma rosa
Vem chegando a Ibeijada
O amanhã nos olhos da criançada
Água de lavar, benzer , purificar
Marinheiro, marinheiro Iemanjá
Seguindo pelas bandas, com muita fé
Nessa quimbanda, axé
Abre caminhos, samborê, sambô rô kô
Somos irmãos, Umbanda é amor
Olha gira girô, olha gira girar
Canta pra subir, vamos saudar
3ª – Acadêmicos da Rocinha (São Conrado, Rio)
Enredo: "Bananas para o Preconceito"
Carnavalesco: Júnior Pernambucano
Letra do Samba:
(Compositores: Cláudio Russo / Diego Nicolau / Fadico / Kirrazinho / Ralf / Renato Galante)
Voa liberdade!
Entra na roda sinhá
Meu povo quer igualdade, respeito
Essa luta é tanto sua quanto minha
Vai ter quizomba
No quilombo da Rocinha
Tire o preconceito do caminho
Que eu quero passar com minha cor
Plante flor sem ter espinhos
O ódio não flagela o amor
Senhor, a liberdade ainda não raiou
Quem deveria me chamar de irmão
Tem tanto desprezo na alma
Porque se somos iguais na raiz
Primatas na essência
Mas só a mim restou a cicatriz?
Abre a porta da senzala ôôô
Me liberte das mazelas, ê favela
Bananas que a vida dá
A gente consome
Quando a fome apertar
Quero ver, quem não come
E quando a liberdade é lei
De congo à Chico-Rei
A negritude é ouro
É arte que enfrenta a chibata
Nos terreiros de Ciata
É mão no couro
O negro é forte feito baobá
Verdadeira fortaleza
Coisa de orixá
Ê crioulo
Erga essa cabeça, vai na fé
Ê crioula
Mostra que a nossa raça
Não é só samba no pé
Não, mil vezes, não replique a dor
Que o preconceito fere igual punhal
Quando atravessa nosso peito
4ª – Acadêmicos de Santa Cruz (Santa Cruz, Rio)
Enredo: "Ruth de Souza – Senhora liberdade. Abre as asas sobre nós!"
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Letra do Samba:
(Compositores: Samir Trindade, Elson Ramirez e Junior Fionda)
Dama, meu motivo de rara beleza
Acalanto a sua alteza
A estrela que brilha por nós
Oh, pérola negra!
Joia que emana a paz
Lapidada nas Minas Gerais
Seu destino: Encantar corações
Canoas, um cortejo de saudade
A doce lembrança que ficou pra trás
No Rio, lindo mar de esperança
Refletindo a infância, acende os ideais
Talento é dom pra vencer
Preconceito não pôde calar
Foi preciso acreditar
Menina mostra a força da mulher
O negro pode ser o que quiser
Resplandeceu da humildade a sua glória
A emoção, pioneira no Municipal
E aprendeu, viveu a arte em sua história
Inspiração, no palco do meu carnaval
Divina musa, no esplendor se fez atriz
Um sorriso de uma raça não apaga a cicatriz
Voa, senhora mãe da liberdade
Em seu papel, a igualdade
De quem sentiu na pele a dor
Brilham Marias, Carolinas de Jesus
Você foi a resistência
E a resistência hoje é Santa Cruz
Ê, Odara
Ê, Odara
Ê Odara
Ê, oh, sinhá moça
Ê, Odara
Ê, o samba
Reverenciar Ruth de Souza
5ª – Unidos de Padre Miguel (Vila Vintém, Padre Miguel, Rio)
Carnavalesco: João Vitor Araújo
Enredo: "Qualquer semelhança não terá sido mera coincidência"
Letra do samba:
(Compositores: Eli Penteado / Gulle / Igor Leal / Jefinho Rodrigues / Jonas Marques / Ruth Labre / Wagner Santos)
Zé, nada muda nessa terra
Continuam as promessas
Pátria mãe da ignorância
Zé, nessa cruz que tu carregas
Pesa a fé do opressor
Fardo da intolerância
Oyá por nós Santa Senhora
Pois somos órfãos do saber
Porcina, o povo pede esmola
Enquanto surrupiam no poder
Mas ressuscita a esperança
Um novo Roque pra lutar
Perdidos a gente não sabe
Em quem acreditar
Eu vi o poder cegar a razão
Ouvi a vingança implorar o perdão
Aonde há ganância a maldade sobra
Um dia a justiça divina cobra
Mas ergue-se imponente a ambição
E a natureza implora
E nessa selva o povo perde o sono
É muita terra pra pouco dono
O tempo passa e continua o abandono
Mas há de voltar o Rei
Pra erguer mais alto
A nossa bandeira
Unidos a malandros e cabrochas
Com as feridas expostas
Vão sambar a noite inteira
Oh! Meu Brasil
Escute a voz da nossa gente bamba
Vila vintém!
Aqui se aprende a amar o samba
Em "Dias" , a inspiração
Mistérios na cena fatal
Realidade ou ilusão?
Carnaval!
Padre Miguel a vida imita a arte
Ganhar ou perder faz parte
O pranto de outrora regou a raiz
Teu povo espera um final feliz
6ª – Inocentes de Belford Roxo (Belford Roxo, Baixada Fluminense)
Enredo: "O Frasco do Bandoleiro - Baseado num causo com a boca na botija"
Carnavalesco: Marcus Ferreira
Letra do Samba:
(Compositores: Cláudio Russo e André Diniz)
Feijão de corda, na cuia a abrideira
Verso pra muié rendeira e toucinho de fumeiro
Perfume a penca, uma avenca, porcelana
Toda condição humana no frasco do bandoleiro
E no sertão que a arte vibra insensata
Malabares do destino, pro que vive e o que mata
Da festança ao desatino, o perigo fascinante
Vem chegando Virgulino, cabra macho viajante
Guarda pra correr, corre pra guardar
Um litro de dendê, um lote de cajá
O muito para Deus é pouco para o bando
Insano, na vida cigano, a moringa carregando
Dizem que escutam à beira do chico
O trote dos cascos e o corte dos fios
Mistério nativo esconde o tesouro
O olhar da serpente, a paixão infinita
Um brinco de argola, pingentes de ouro
Pra joia Maria Bonita
Cantis de vinho adoçam o xique-xique
E a volante, derrama pranto em Sergipe
Chaleira que cai, um filho se vai
Fica a luz do Lampeão
Fica a estória tão rica ao luar do sertão
Traz a sacola, põe no pacote
Não é do povo esse novo bandoleiro
Não tira a boca da botija e quer o dote
Dá no cangote do inocente brasileiro
7ª – Acadêmicos do Sossego (Niterói, RJ)
Enredo: "Não se meta com minha fé, acredito em quem quiser"
Carnavalesco: Leandro Valente
Letra do Samba:
(Compositores: Ademir Ribeiro / Diego Tavares / Fábio Borges / Felipe Filosofo / Gilma L. Silva / Mario Da Vila Progresso / Michel Do Alto / Orlando Ambrosio / Serginho Rocco / Sérgio Joca / W. Motta)
O céu aberto ao som da lira
Orações, linda alvorada
Meu nome Jesus, por que não Santo também?
Bom Deus, por que o ódio no planeta azul?
Se crentes ou ateus no sangue a mesma cor
Na mesquita, no templo, no terreiro
O mesmo sentimento de aliança
A morte em teu nome uma contradição
Anjo, no tribunal da fé
Só ganância e poder
Eis aí o livre arbítrio
De pessoas sem ternura
Na escolha entre o bem e o mal
Santo Deus, a justiça da terra ou do céu?
No cálice da fé a intolerância
O vinho tinto amargo de sangue
Qual o caminho, meu pai?
Filho milagreiro, solidário ao irmão
Santo popular, Jesus Malverde
Teu nome hoje em romaria
A esperança de um mundo melhor
Ó meu Deus, piedade de nós
Ó meu Deus, piedade de nós
Com seu amor azul-sossego
A paz entre as religiões
Ordem dos desfiles
Sábado, 2 de março
1ª – Unidos de Bangu (Bangu, Rio)
Enredo: "Do ventre da terra, raízes para o mundo"
Carnavalesco: Alex de Oliveira
Letra do Samba: (Compositores: Andre Kaballa / Fabio Fonseca / Famio Martins / Henrique Costa / Julio Assis / Marcio de Deus / Marlon P. / Neyzinho Do Cavaco / Paulinho Ferreira / Samir Trindade / Wellington Amaro)
Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da Zona Oeste essa devoção
Os Deuses vem coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre um novo dia
Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada
Matou fome da pobreza
Foi a cura do mal
Nos salões da realeza
O prato principal
Parmentier
Brilhou em Versalhes
De rainhas e reis
Navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil real
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu pais
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro
Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz
O caldeirão vermelho
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo
2ª – Renascer de Jacarepaguá (Tanque, Jacarepaguá, Rio)
Enredo: "Dois de Fevereiro no Rio Vermelho"
Carnavalescos: Raphael Torres e Alexandre Rangel
Letra do Samba:
(Compositores: Moacyr Luz, Claudio Russo e Diego Nicolau)
Amanheceu, é fevereiro na Bahia
Ê capoeira, é vatapá, é maresia
Os negros e mucamas de outro mar
Acendem velas pra louvar Iemanjá
Jangadas, molhando os pés do pescador
Caymmi, no Abaeté me batizou
Sá Janaína serenou ouvindo o canto da sereia
Era o espelho refletindo a lua cheia
Lá vem Gabriela, vestida de conchas
Molhada das ondas, vem da lavagem do Bonfim
Parece um poema num chão de alfazema
Cocada morena querendo um quindim
A Bahia tem acarajé, filhos de fé, timbau na Ladeira
A Bahia tem são salvador, tem o Pelô e dias de feira
Ó iaiá, entra na roda
Quero ver você quebrar
Que as estrelas dão o brilho e o vento faz o par
Iê, rosas brancas são pra ela
A dona mais bela
Na igreja e no gongá
Iemanjá
Oh senhora das candeias
O meu povo nas areias
Canta pra te homenagear
(Renascer de Jacarepaguá)
Sou eu, sou eu marinheiro só
Sou eu, sou eu mamãe, o seu xodó
Um Rio Vermelho na espuma do mar
Odo yá
3ª – Estácio de Sá (Morro de São Carlos, Estácio, Rio)
Enredo: "A fé que emerge das águas"
Carnavalesco: Tarcísio Zanon
Letra do Samba:
(Compositores: Alexandre Naval / Álvaro Roberto / Claudio / Edson Marinho / Jorge Xavier / Luiz Sapatinho / Tinga)
Bendito seja sou o fruto do senhor
Santificado nazareno do amor
Oh! Pai, oh! Virgem Maria
Abençoai seu peregrino em romaria
De joelhos no altar lhe oferto
Meu poderoso eu peço
Sua graça em comunhão
Procuro estar em sua companhia
Para curar minhas feridas
Confortar meu coração
Do fogo reluz Ave Sagrada
Meu Deus de tantas moradas
Um fiel em devoção
Senhor
Senhor é divino, é encanto
O canal de amor
Para unir dois oceanos
Um panamenho estaciano filho seu
A imagem e semelhança sou eu
Pai nosso da negra tez
Sagrado Rei dos Reis
Obatalá
Rege o palanque em procissão
Devotos clamam em oração
Pra vitória conquistar
Amém, os tambores
Vão rufar pra louvar
E levar a minha Estácio de Sá
Sua gloria alcançar
A fé que embala a alma
Emerge das águas
Trazendo esperança
O Cristo negro salvador da cruz
Protetor da humanidade
Caminho de luz
4ª – Unidos do Porto da Pedra (São Gonçalo, RJ)
Enredo: "Antônio Pitanga, Um negro em movimento"
Carnavalesco: Jaime Cezário
Letra do Samba:
(Compositores: Bira, Claudinho Guimarães, Duda SG, Márcio Rangel, Alexandre Villela, Guilherme Andrade, Adelyr, Bruno Soares, Rafael Raçudo, Paulo Borges, Eric Costa e Oscar Bessa)
Meu povo chegou de Daomé
Escravizado pela mão do invasor
Trazendo na alma axé
A fé foi alento na dor
Nasci em São Salvador da “Bahia
De todos os santos”, Ogum é meu guia
Subo a ladeira do “Pelô”
A batucada começou, tem capoeira (ê, camará!)
Histórias de um griô,
Memórias vindas de lá do Gantois
Ôôôô do “barravento”
Vem a força da transformação
Ôôô do meu “quilombo”
Ecoa um grito de libertação
No “cinema novo” fiz brotar
Resistência popular… eu sou Pitanga!
Na tela a pele negra reluz
Um gingado que seduz… eu sou Pitanga!
Com raça venci preconceitos, mostrei meu talento e “opinião”
Na “oficina” da arte segui lutando contra a opressão
Deixei o sol entrar, vivi lindas “manhães”
Meus frutos vi crescer
Rio de Janeiro, de braços abertos, me acolheu
Pra você eu tiro o chapéu, Mangueira
Estação Primeira do meu coração
No céu, a estrela não vai se apagar
Brilha na terra, ilumina o mar
É sentimento que não tem fim
Bendito amor que mora em mim
Sou Porto da Pedra, chegou o momento!
No berço do samba, nosso apogeu
Guerreiro e bamba, negro em movimento
“Esse mundo é meu”!
5ª – Império da Tijuca (Morro da Formiga, Tijuca, Rio)
Enredo: "Império do Café, o Vale da Esperança"
Carnavalesco: Jorge Caribé
Letra do Samba:
(Compositores: Composição: Braguinha Cromadinho / Diego Nicolau / Jota / Pixulé / Tinga)
Ventos de dor os trouxeram pra cá
Fé que guiou o destino de tantos
Africanos destinados à saudade
Sol e chuva, a tristeza como par
Nego tá cansado, nego tem que trabaiá
O ouro negro enraiza a escrava lida
E faz o áureo poder deixar o breu
A boa música valsava em poesia
Enquanto o ébano sangue escorreu
Tem batuque, jongo, capoeira
Na mandinga da vovó benzedeira
No terreiro firma o ponto, gira dos meus orixás
Força da fé que dobra o capataz
Ah, passou o tempo, o vale se transformou
A imigrande mágica misturou
Fez renascer a esperança dessa gente
Mãos calejadas fazendo arte
E um aroma de enlouquecer
Unem-se à folclórica verdade
Tanta gente veio conhecer
A luz que protege a alma
À cruz, peço pra me guiar
Se hoje é agronegócio que traz o progresso
O povo agradece e vem cantar
Desce o Morro da Formiga
Meu Império da Tijuca vai à luta
Traz o Vale do Café, negritude de valor
Num lindo rosário de amor
6ª – Acadêmicos do Cubango (Niterói, RJ)
Enredo: "Igbá Cubango – a alma das coisas e a arte dos milagres"
Carnavalescos: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Letra do Samba:
(Compositores: Robson Ramos, Sardinha, Duda Tonon, Anderson Lemos, Ailtinho, Sérgio Careca, Carlão do Caranguejo e Samir Trindade)
Vou buscar pra mim a força do seu axé
Menino babalotim no sagrado afoxé
Menino babalotim no sagrado afoxé
Aos pés do morro fiz o meu terreiro
Onde o padroeiro me protege em seu altar
Atoto eu bato cabeça pra omulu
Nesse chão tem pipoca pro santo
Oferendas do meu mundo verde e branco
Ê saruê baiana, ê saruê baiana
Gira laguidibá, giram saias e guias
Carrega meu patuá em sua sabedoria
Ê saruê baiana, ê saruê baiana
Gira laguidibá, giram saias e guias
Carrega meu patuá em sua sabedoria
Búzios, carrancas e balangandãs
Relíquias iluminam meu caminho
Ao meu padim, eu amarro a minha fé
A cruz no peito pra me abençoar
Já fiz a promessa, o milagre vai chegar
Em Romaria, eu agradeci
Desacreditado, acreditei
A cura da alma, o terço na mão
Um coração bordado ao Divino Rei
Senhor, tem piedade de nós
Eis a oração em nossa voz
Tem gente vendendo, ao povo, ilusão
Acendo vela, peço salvação
Ko si oba kan, ôôô
Ofi olorum, ôôô
Igba Cubango, meu amuleto
Proteção e amor
Ko si oba kan, ôôô
Ofi olorum, ôôô
Igba Cubango, meu amuleto
Proteção e amor
Vou buscar pra mim a força do seu axé
Menino babalotim no sagrado afoxé
Menino babalotim no sagrado afoxé
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A TV Globo disponibiliza os desfiles na íntegra e de graça, na plataforma GloboPlay:
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